Globo aposta na junção de nuvem publica e privada na hora da produção remota
O conceito de MediaTech da Globo tem vindo a ser apurado nos dois últimos dois anos, e cada vez, fica mais evidente como a tecnologia e o negócio caminham juntos na estratégia do maior conglomerado de mídia familiar do mundo.
Em palestra no SET Sudeste 2022, Juliano Zenóbio, gerente de Plataforma de Produção – Hub de Operações e Distribuição de Conteúdo – Estratégia & Tecnologia da Globo, disse que no Grupo “tecnologia e negócios cada vez caminham mais juntos, e isso viabiliza a jornada”, uma jornada que junta o Tech ao conteúdo multiplataforma oferecido por Globo aos seus espectadores.
Nessa jornada, disse o executivo, a Globo esta em uma jornada de modelo de negocio que utiliza «a nuvem pública. Estamos ajudando a desenvolver os fornecedores, para poder ter de fato um sistema que tenha as funcionalidades próprias que precisamos para cada caso, mas em paralelo, estamos estudando um cenário de cloud privada, ou até um mix das duas».
Zenóbio disse que nessa junção de tecnologia e negócios a produção remota é muito importante e tem sido muito estudada pelo Grupo. “Estamos há anos pensando em produção remota, com um horizonte muito animador, onde foram amadurecendo os modelos”, e que permitiu que, por exemplo, a Globo utilizasse esta forma de produção e gerenciamento para as transmissões dos Jogos Olímpicos Tóquio 2022.
Nesse novo modelo de produção e negócio, as condições de segurança de conectividade tem-se tornado muito importantes. «Hoje temos de ter uma balança entre a relevância e a complexidade. Tivemos um exemplo nas Olímpiadas com produção remota. Realizamos uma operação em banda determinística. Foi um evento de relevância para o conteúdo, mas que a complexidade nos permitiu entregar o conteúdo com bastante segurança. O que percebemos tanto com a banda como com os codex, que já estamos maduros para fazer eventos como este».
Uma vez observadas às disponibilidades de conectividade, disse o executivo da Globo, no «nosso dia a dia, vimos que avançamos na produção”, e desde sua perspectiva, já é possível “entregar uma experiência fluida e ágil para poder produzir o conteúdo, assim a experiência do usuário aliada a tecnologia forma a variável para ir a produção remota».
SRT na produção remota
Juliano Zenóbio disse que a Globo esta utilizando soluções de Secure Reliable Transport (SRT), um protocolo de internet para o envio de conteúdos. De fato, a emissora utilizou o sistema em Tóquio 2022 para enviar imagens utilizadas para os cenários virtuais da Vila Olímpica, e trabalho com o protocolo nos Jogos Olímpicos de Inverno de Beijing. “Utilizamos SRT na aquisição fazendo eventos com este protocolo. Nos Jogos de Inverno tudo foi feito em SRT online, e lá demos um passo”.
O executivo disse que no âmbito brasileiro, os canais da Globo estão usando a Cloud, para “alguns eventos como campeonatos menores de vôlei ou de motores. Na nuvem vemos amadurecimento no nível local com uma performance de nuvem pública , com uma integração para avançar nesse sentido».