O processo de transformação da produção na Globo avançou muito nestes últimos anos. Em março foi anunciada uma parceria plurianual de Globo com Grass Valley para produção na nuvem, que migrará a operação de produção de mídia e transmissão ao vivo da Globo para a nuvem para eventos de pequeno e médio porte. No anúncio, se expressou que a “a Globo contará com o AMPP (Agile Media Processing Platform) da Grass Valley, a plataforma única e inovadora que permite a implementação de operações avançadas de mídia na nuvem, para modernizar e aumentar sua capacidade de criação de conteúdo sem depender de dispendiosos ciclos de investimento de hardware. O AMPP oferece à Globo um modelo “pay-as-you-go”, eliminando certas despesas operacionais”.
Uns dias antes, no SET Sudeste 2023, Thiago Abreu, Gerente de Projetos de Soluções de Mídias da Globo, explicou na palestra da “Cloudificação: Da captação ao playout”, as mudanças produzidas nos centros de produção da emissora. Abreu afirmou que com a cloudificação a empresa simplificou o modelo de produção de eventos. “Trocamos a unidade móvel por um kit que entrega os conteúdos para a nuvem”, uma nuvem pública com operação remota.
Abreu explicou que antes deslocava uma unidade móvel de produção e uma SNG para o local do evento e se transmitia para a emissora via satélite. Na produção na cloud, o modelo cambiou. Não se usam mais as unidades móveis, os sinais se enviam ao «Cloud Live Production» desde os locais de eventos e desde qualquer outro lugar porque o locutor, diretor de TV, Operadores de replay, áudio, grafismo não precisam estar no mesmo lugar. Desde a Cloud se enviam dois sinais, um para os canais Globo que enviam os sinais a TV aberta e fechada, e outros via CDN para o Globoplay, Globo.com e redes sociais.
O executivo disse, ainda, que no último Carnaval realizaram Live Production. “Evoluímos a um modelo que faz parte da produção em Live Production, e que já pode colocar conteúdos na TV aberta, como o Galo da Madrugada no Carnaval de Recife, com produção remota multi-site”. Ele contou que a emissão foi feita utilizando recursos de Recife (PE), Brasília e São Paulo, todo “conectado remotamente”.