O PayTV Fórum, que se realizou em São Paulo de 12 a 13 de agosto, teve a Vera Buzanello, country general manager da WarnerBros Discovery, que participou pela primeira vez do evento. A executiva fez uma análise do conglomerado de mídia e da indústria audiovisual latino-americana, com no Brasil.
“No Brasil chegamos a 135 milhões de pessoas por meio dos Apis da empresa, chegando assim a mais de 60% da população brasileira”, e reforçou que a empresa, já não tem apenas o audiovisual como ponto forte, mas também o mundo dos games e entretenimento no geral
Vera disse que após anos de turbulência, “parece que a indústria de PayTV tradicional e a de streaming, estão caminhando numa mesma direção, com parcerias sólidas sendo construídas, e com modelo de negócios sustentáveis”, e que isso esta acontecendo, “vencida essa primeira onda”, onde o mercado se comportou com “um pouco de irracionalidade. Agora parece que encontrou um caminho de crescimento conjunto”.
De todas as formas, a executiva disse que se bem a indústria está se alinhando, “quando apresento o Brasil para os outros membros da organização, eu sempre apresento o Brasil como mercado em transição, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque está sempre no olho do furacão, e a gente tem que entender o que acontece aqui e eventualmente vai acontecer em outros mercados. Por outro lado, é ruim porque é o primeiro. Nós somos os primeiros a ter esses desafios. Todo o processo de perda de assinantes de PayTV aqui no Brasil, que foi uma pandemia dramática, na América Latina não existiu. Aqui a gente perdeu 20% da base, e em outros mercados zero. Realmente é um mercado onde tem uma ruptura”.
A executiva disse que nesse contexto, o Brasil se tornou “o quarto mercado de streaming do mundo”, atrás de mercados relevantes como Estados Unidos, China e Índia. “Este é um mercado realmente importante. O brasileiro adora o conteúdo”, mas este mercado, como os outros, passa por processo de transição, onde o consumidor está fazendo essa migração, na qual há complementaridade do linear e do streaming.
Vera disse, ainda, que a empresa usa o ecossistema do grupo em favor da indústria, e que “neste momento trabalha em sinergias, que geram valor. A unidade como companhia funciona se trabalhamos como ecossistema buscando parceiros da cadeia e outras formas de distribuição preservando a indústria sendo coerentes”, e afirmou que espero que “com o streaming possa levar a Max para casa do Brasil, por isso, queremos o acesso ao consumo, queremos chegar a todas as cidades do Brasil”.
“Um dos grandes diferenciais que a Warner Bros Discovery está trabalhando hoje aqui no Brasil é entender cada um desses modelos, cada uma dessas áreas de negócio, mas como é que você administra, como é que você gerencia, como é que você trabalha sinergias, como é que você faz que Barbie, que é um sucesso de cinema, possa passar por todas as janelas”, explicou e reforçou, que para isso “está trabalhando muito em ter essa unidade como companhia entendendo todas essas áreas de negócio, mas trabalhando dentro do ecossistema. E o outro lado, que eu acredito muito, sempre acreditei, é em parcerias, não estamos aqui só para fazer o modelo sozinhos. A gente tem que estar junto. Para mim, é o grande diferencial, e por isso estamos buscando parceiros”.
Ela finalizou dizendo que a empresa sempre pensa em todas as janelas, e de onde começar a distribuição. “Estamos testando várias formas de consumo, por isso estamos testando janelas de AVOD. O conteúdo se olha vendo como se aplica, como se complementa o conteúdo”. E explicou que quer chegar a todo o Brasil. “Eu acredito muito que aqui ainda no Brasil a gente trabalha muito no topo da pirâmide. Se você vai para outros mercados, e eu tenho experiência em vários países, o conteúdo já chegou a uma penetração muito maior. O Brasil nunca conseguiu isso. E eu espero que através do streaming, e isso, faz parte do meu objetivo como diretora-geral, é levar o nosso conteúdo, levar a Max pra cada casa do Brasil”.