Prensario Zone: O OTT continua crescendo no Brasil

Segundo dados da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aos que a PrensarioZone teve acesso, em maio de 2021, o mercado brasileiro da TV por Assinatura tinha13.994 milhões de assinantes. Hoje a TV por Assinatura chega a 30,4% das residências brasileiras, o que representa quase 51% da população.

Em relação ao Market Share, a Claro se mantém na liderança com quase metade do mercado 47,2%, embora tenha diminuído em relação a 2019; a SKY detém 30,2%, com crescimento naquele período; Oi mostra meritórios 11,3%, também em alta; Vivo da Telefónica detém 8,5%, mantendo a sua participação;enquanto as demais operadoras de TV paga apenas alcançam 2,2%. Sempre de acordo com a Anatel, foram perdidos 855 mil assinantes em 2020, e estima-se que o mercado poderá reduzir-se de maneira parecida semelhante em 2021.

Hoje são 235,4 milhões de planos de telefonia móvel no Brasil (51% pré-pagos e 49% pós), 29,3 milhões de telefones fixos, 35,9% de conexões de banda larga fixa e os já mencionados quase 14 milhões de TV por assinatura.

OTTs / SVOD supera a TV paga com as principais emissoras e ISPs

No entanto, e em grande parte como conseqüência da diminuição da TV por Assinatura, a capacidade ímpar do mercado brasileiro parece ter sido compensada com três processos importantes, que hoje o tornam o primeiro país onde o serviço OTT/SVOD já supera em usuários aos assinantes da TV paga.

Em primeiro lugar, o despertar precoce das grandes emissoras com as novas tecnologias e modalidades comerciais, onde o maior exemplo está na Globoplay, lançada pouco antes da pandemia e que coincidiu com a inauguração de novos estúdios da Globo, no Rio de Janeiro. Hoje é um caso de análise para a região, alavancado pela sua liderança de conteúdo a nível local e do Brasil para o mundo.

Em segundo lugar, o despertar do mercado OTT mais poderoso da América Latina, não só com os principais serviços internacionais, que não estão produzindo no país da forma que deveriam, e que em contraposição continua a ser realizado pelas redes de cabo tradicionais, mas também com o lançamento bem-sucedido de serviços deste tipo quando em outros países da região ainda não são rentáveis.

Se juntarmos todos os serviços, o mercado de OTT já atinge 56% da população brasileira, 37% deles hoje possuem duas (2) ou mais plataformas. O Market Share no 1º terço de 2021 destaca Netflix com 32%, Amazon Prime com 26%, Globoplay com 10%, HBO Go com 8%, que agora se tornará HBO Max, 7% Telecineplay, 7% Clarovideo –parou de competir abertamente em OTT para ser multi-agregador na região– e os outros serviços representam 4%.

Estes serviços serão destacados nesta edição do Prensariozone.com como GuigoTVWatchTVSoulTVBoxBrazilPlay, entre outros de um total de 43 serviços.

Em terceiro lugar, houve também uma implantação ainda maior do que na região das ISPs (Internet Server Provider), –como já vimos em todos os eventos da Abrint (Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações), que também participa ativamente desta edição do PrensarioZone–, com cerca de 16.000 empresas provedoras de internet de todos os portes, cerca de 30% do número total em toda a região.

Para estes últimos existem novas soluções de vídeo que não existem em outros países, além do Globoplay, serviço da Niibo com mais de 14 canais atualmente, e outros grandes OTTS, como o Playhud, que também entrevistamos.

Ainda referindo-nos aos dados da Anatel, a cobertura de Banda Larga hoje chega a 90,11% –60% com dois provedores locais– e a meta é de 98,65% para 2023, sendo que hoje 4.403 municípios estão cobertos com fibra ótica, enquanto aguardam 2.483 para os próximos dois anos. Segundo a ABRINT, os ISPs lideram a oferta de internet rápida fixa em 3.467 municípios brasileiros.

Em segundo lugar está a Oi, que ocupa o primeiro lugar na oferta de acesso banda longa em 1.229 municípios e que como noticiamos nesta edição acelera na expansão da oferta do serviço com 27 novas localidades atendidas nos meses de julho e agosto, e em 12 meses, a base de usuário de fibra óptica dobra o número de clientes de 1,5 milhão para 3 milhões.

As operadoras regionais, que foram batizadas pela Anatel como Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs), ultrapassam o número de acessos às maiores operadoras em 19 das 27 unidades da Federação. Essas empresas somaram 14,2 milhões de acesso até dezembro 2020.

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