Rodrigo Regis, NIC.br/CEPTRO.br, fez uma análise de como se encontra o ecossistema de internet no Brasil e afirmou que hoje só no País existem mais de 80 mil redes de internet. Ele disse no SET eXPerience Tracks, que o Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR-NIC, presta especial atenção aos IXP (Internet Exchange Point), que são parte da infraestrutura e é o lugar onde muitos AS diferentes podem se conectar para fazer troca de tráfego (peering). “Assim, um IXP proporciona a conexão direta, normalmente camada dois (2), permitindo que muitos AS troquem tráfego diretamente”.
Regis explicou como a internet é formada, qual o papel das CDNs e os dos modelos básicos usados para a sua criação. Segundo ele pode ser criada com o denominado Bring Home, com caches em datacenters e Interner Exchanges; e infraestrutura própria; ou Enter Deep, com caches em provedores de acesso e trânsito com infraestrutura do provedor.
Para ele o mais importante na CDN é poder ter o conteúdo na borda, mais próximo do usuário final e assim reduzir o peering. Neste ponto, o executivo disse que o NIC.br trabalha num novo conceito, um terceiro modelo, que é o OpenCDN, que quer oferecer CDNs para localidades ainda menores que as vezes economicamente não são vantajosas para os produtores de conteúdo. Isso comentou, porque um único novo ponto de troca de tráfego (PTT) “não faz mágica, não atrai automaticamente CDNs, em atrai automaticamente o governos nem as grandes Telcos, mas sim facilita a colaboração entre os provedores locais”.
O foco do PTT é que o tráfego regional seja trocado. “A iniciativa do CGI.br e do NIC.br é contribuir para o desenvolvimento regional da internet e dos PTTs locais com a descentralização da infraestrutura, e assim criar condições e atratividade para que as principais CDNs estejam presentes em outras localidades”.