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SET Nordeste analisa o mercado audiovisual brasileiro

Roberto Franco, Conselheiro da SET e Diretor de Assuntos institucionais e regulatórios do SBT no seu Keynote O Futuro da mídia

Evento presencial da SET em Fortaleza, capital do Ceara, leva mais de 110 profissionais de mídia e entretenimento para debater o futuro da mídia, produção remota, os 100 anos do rádio e as migrações de banda c para Banda Ku, além da interiorização da TV Digital.

O SET Nordeste regressou a Fortaleza, capital cearense, nesta quinta-feira, dia 20 de outubro. O encontro presencial realizado no Seara Praia Hotel, no bairro de Meireles, teve sala cheia e demonstrou a importância deste tipo de eventos no interior do país.

Painel “Aspectos Regulatórios Da TV terrestre ao satélite”

Na parte da manhã, destaque para o painel “Aspectos Regulatórios: Da TV terrestre ao satélite”, moderado por Francisco Peres, Coordenador do GT de Compartilhamento de Infraestrutura da SET/Globo, que esteve acompanhado por Esdras Miranda, Diretor de Tecnologia e Operações do Sistema Jangadeiro de Comunicação; Gunnar Bedicks, CTO da Seja Digital; Sérgio Martines, Diretor Executivo – SM Facilities; Alexandre Vila, Gerente de transmissão, Grupo Bandeirantes de Comunicação; Paulo Eduardo dos Reis Cardoso – Coordenador de Sistemas e Modelos de Gestão da Radiodifusão Anatel; Patricia Abreu, Diretora de Comunicação, Siga Antenado- EAF; e Thiago Aguiar Soares, Coordenador-Geral de Inovação, Regulamentação e Sistemas – Secretaria de Radiodifusão, Ministério das Comunicações

No painel, Gunnar Bedicks que explicou os principais passos do Programa Digitaliza Brasil, comentou que o processo avança de acordo ao esperado e que já o Brasil conta com mais de 1400 municípios aderentes ao programa e que a Seja Digital entregou mais de 400 sites à prefeituras. O executivo disse ainda que o projeto avança, e “todo o mundo está envolvido e trabalhando para cumprir os prazos estabelecidos”.

Gunnar Bedicks, CTO da Seja Digital no SET Nordeste

O representante do Ministério das Comunicações (MCom), Thiago Aguiar Soares afirmou que o objetivo principal é “concluir o desligamento analógico da TV” e que no nordeste do país foram realizadas 1272 designações de novos canais, ou seja, 572 novas emissoras para disponibilizar a TV Brasil, além de 471 sinais de RF.

Em termos de migração de Banda C para banda Ku na denominada TVRO, Alexandre Vila, Gerente de transmissão, Grupo Bandeirantes de Comunicação, disse que o processo tem sido um êxito.

“Com a chegada do 5G, sabíamos que ia ter interferência, por isso, alguns uplinks foram mudando de faixa para mitigar a interferência”. Ele disse que a mudança foi feita e interferência foi mitigada.

Alexandre Vila, Gerente de transmissão, Grupo Bandeirantes de Comunicação

“A mitigação em banda Ku tem benefícios, e a facilidade de instalação é enorme, saindo de antes de antenas de até dois metros, para antenas de 60 centímetros permitindo com a criptografia ter a possibilidade de regionalização do sinal”.

Para ele, o sinal da banda Ku é complementar da banda terrestre. “Hoje esta funcionando e temos como desafio que permitirá a regionalização do SATHDR com cinco (5) sinais que nos permitem chegar a todo o país de forma regional”.

O painel “Tecnologia e negócios”, analisou como os negócios do mercado de mídia são impactados pelas tendências de consumo e de tecnologia atuais. Roberto Franco, Conselheiro da SET e Diretor de Assuntos institucionais e regulatórios do SBT, moderou o painel que teve como convidados a: Cyro Thomaz, Diretor Executivo do Sistema Jangadeiro; Josemar Cardoso da Cruz, CTO da Rede Paraíba de Comunicação; e Eduardo Ferreira, Diretor de Operações Comerciais, Dados e Performance da Globo.

Cyro Thomaz, Diretor Executivo do Sistema Jangadeiro

O executivo da Jangadeiro, afiliada do SBT, disse que a regionalização de conteúdos é fundamental, porque,  “o olhar local, talvez um tema que as cabeças de rede tenham de repensar, e correr atrás do consumidor para assumir-se como local. O local pode ser pensado de diversas formas”.

Entretanto, na Globo, disse Ferreira, temos uma forma de comprar publicidade local e regional, com atendimento feito via plataforma, com atendimento da nossa afiliada, do nosso território.

Eduardo Ferreira, Diretor de Operações Comerciais, Dados e Performance da Globo

“Esse projeto tem uma jornada que envolve “Globoplay com conteúdo local indexado“. Ele ainda disse que é necessário refletir o modelo, e ter uma sociedade corporativa mais igualitária.

Finalmente, Josemar Cardoso da Cruz comentou que na Rede Paraíba “decidimos transmitir o Campeonato estadual pela internet, e a grande maioria do público comprou todo o campeonato. Foi um sucesso de vendas, o que mostrou que o conteúdo local vale a pena”. Outro exemplo dado por ele, foram “aulas de professores que são locais, com sotaque local, no canal da TV Legislativa” e que foram um êxito durante a pandemia.

100 anos do rádio no Brasil

Ronald Almeida, Gerente Técnico de Engenharia de O Povo e representante da SET Nordeste, analisou, junto aos seus convidados, Ticiane Pfeiffer Bronze – Superintendente da Aerp – Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná; Kleber Dias, Supervisor de Programação Rádios SVM; e Leonam Torres, Gerente Comercial – Regional Nordeste da Kantar Ibope Media, que participou de forma virtual, as transformações, impactos e as novas tendências aplicadas ao modelo de negócio da rádio, que completou 100 anos no Brasil em setembro.

Ronald Almeida, Gerente Técnico de Engenharia, O Povo; Luana Bravo, Gerente de Conteúdo da SET, e Esdras Miranda, Diretor de Tecnologia e Operações do Sistema Jangadeiro de Comunicação

Destaque para a fala de Ticiane quem apresentou uma nova forma de monetização das emissoras associadas a Aerp que permite que 320 emissoras possam vender publicidade online. “Hoje temos 150 emissoras cadastradas”, que podem vender espaços publicitários ao Núcleo de Mídia da Secom do governo federal. “Oferecemos ao cliente a negociação, veiculação e fiscalização acontecendo de forma automatizada via software em tempo real. Não tem ação humana”.

Produção remota

No fim, na palestra “Quais as vantagens e os desafios da Produção Remota?” fechou o SET Nordeste 2022, moderada por Sérgio Romero, Coordenador Telecom da Globo – Recife, e com os palestrantes, Alberto Santana, Regional Sales Manager da CIS Group; Claudio Frugis, Desenvolvimento de novos negócios, UCAN/LiveU;  e Paulo Henrique Meira, Produtor de Tecnologia da Globo – Recife trouxe cases de experimentação de produção remota em Recife, que utiliza a cloud pública para ter o controle de produção com áudio, vídeo, e grafismo na nuvem e entregar conteúdos multiplataformas.

Meira afirmou que  a Globo recife “Agora trabalha na realização de transmissão em Live production multisite, de forma que a captação seja em Recife, suba a nuvem e em outro site em Brasília tenha um diretor de TV, e outro site em Belo Horizonte tenha operação de áudio, para assim entregar um streaming”.

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