Saltar al contenido

SET:30: Raymundo Barros apresenta o primeiro kit de recepção de TV 3.0

Paulo Henrique Castro, Presidenta da SET; Raymundo Barros, presidente do Forum SBDT; e o Secretário da Secretaria de Comunicação Social Eletrônica, Wilson Wellisch

O SET:30 2025 começou no domingo (6 de abril), em Las Vegas, com grande participação de brasileiros e executivos do setor de mídia e telecomunicações. O evento marcou o lançamento do primeiro receptor e antena de TV 3.0 no mundo. O dia teve destaque para os próximos passos da TV 3.0, com presença de representantes do Ministério das Comunicações, Anatel e da SET.

Durante o evento o presidente Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (SBTVD), anunciou e demonstrou o primeiro protótipo de receptor (set-top-box) e antena para a nova tecnologia de TV 3.0, chamada DTV+. O anúncio foi feito por Raymundo Barros, presidente do Fórum/SBTVD, com apoio de empresas como Mirakulo e Vivensis.

O painel de abertura contou com representantes do Ministério das Comunicações e discutiu o futuro da TV no Brasil. Barros destacou a importância da TV aberta no país, que ainda representa 65% do consumo de vídeo, e enfatizou que a TV 3.0 será uma plataforma moderna e acessível, com qualidade superior e novas possibilidades de interação, incluindo até serviços do governo à população.

Ele também mencionou que o padrão técnico completo já foi definido em 2024, e agora aguarda a assinatura do decreto presidencial para oficializar as normas técnicas da TV 3.0 como norma da ABNT. Barros concluiu afirmando que a radiodifusão continua sendo uma opção sustentável e relevante no cenário midiático atual.

Representando o Ministro das Comunicações, o Secretário da Secretaria de Comunicação Social Eletrônica, Wilson Wellisch, destacou a importância da nova tecnologia para o futuro da radiodifusão no Brasil. Ele afirmou que “é urgente a modernização da nossa televisão com a TV 3.0”, enfatizando que a nova geração da TV aberta é essencial para garantir “a sobrevivência e relevância da televisão brasileira na era digital”.

Wellisch ressaltou as vantagens da TV 3.0, como “interatividade, personalização e publicidade direcionada”, e afirmou que essas inovações permitirão que a TV aberta concorra em condições mais justas com as plataformas digitais. Ele informou que o novo decreto da TV 3.0 está nos últimos ajustes e que “já foi, inclusive, anunciado pelo Presidente Lula”.

O secretário também alertou para os desafios regulatórios: “Precisamos enfrentar as assimetrias regulatórias que distorcem o mercado”, destacando que as plataformas digitais atuam com menos obrigações que os radiodifusores. Segundo ele, “ou estabelecemos regras claras e equilibradas para todos os atores do ecossistema midiático, ou condenamos nossa comunicação nacional a uma concorrência desleal que só beneficia os gigantes globais”.

Em um dia dedicado a TV 3.0, foram apresentadas soluções práticas para a implementação da DTV+ (TV 3.0). O painel final, intitulado “Da Teoria à Prática: Soluções Tecnológicas para o DTV+”, reuniu especialistas da Globo, EiTV, AWS e Seja Digital.

Os participantes destacaram a importância da colaboração para o sucesso do projeto e discutiram a evolução da infraestrutura da TV 3.0, incluindo orquestração de microserviços, codificação, sinalização e inserção dinâmica de anúncios. Foram mostrados casos reais, como a transmissão de sinais pela AWS e a integração entre transmissão tradicional (OTA) e online (OTT).

Mauricio Felix, Diretor Executivo de Tecnologia da Globo e moderador do painel, afirmou que “o desafio da TV 3.0 foi um sucesso”, destacando a colaboração entre os envolvidos. Ele reforçou que agora é o momento de “prototipar, testar, evoluir a cadeia, seja da distribuição e da recepção” e que a meta é ter um produto final pronto para a Copa do Mundo de 2026.

Felix também apresentou a arquitetura da nova plataforma DTV+ e falou sobre o uso de orquestração e microserviços: “Queremos que o custo de funcionamento aumente com a receita, para isso, precisamos começar pagando pouco, com orquestração, com plataforma de microserviços e infraestrutura”.

Os demais participantes detalharam casos reais de implementação, como transmissões em nuvem, integração entre TV tradicional e internet (OTA + OTT), e inserção dinâmica de anúncios.

Otras Noticias