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Paulo Marinho da Globo: Mantemos investimentos muito fortes no Globoplay

Paulo Marinho da Globo. Foto: Marcos Mesquita

A  7ª Edição do PayTV Fórum realizado em São Paulo, nos dias 12 e 13 de agosto, foi um encontro mais descontraído que os anteriores, e com algumas novidades importantes, a maior, o otimismo de uma indústria que continua em transformação, mas começa a dar sinais de crescimento.

O primeiro a falar foi Paulo Marinho, presidente da Globo, que disse, com um sorriso na boca, que pese a alguns percalços e mudanças de rumo, a fusão da Globo, realizada a alguns anos, transformou a empresa, “primeiro tivemos um ganho de eficiência integrando os conteúdos em termos digitais”, para hoje, “todos os produtos Globo serem 100% digitais”, para isso “estamos desenvolvendo vários modelos de negócio para mudar essa forma de produzir e distribuir”. 

Na sua primeira participação no evento, o principal executivo da Globo afirmou que a empresa cresceu 12%, em receita líquida em 2023, e que “na Globo fizemos o melhor primeiro trimestre em publicidade dos últimos 10 anos”, e hoje “estamos mudando a direção da curva. Começamos a ver um crescimento na curva de assinantes”, com uma retomada que é “fruto da nossa estratégia e nossa aposta no mercado com o um todo, uma estratégia diversificada”, e multiplataforma.

Marinho disse, ainda, que “estamos começando a ver a retomada. E faz parte da nossa estratégia, do nosso compromisso, que sempre tivemos no mercado como um todo e que precisávamos mobilizar”. Ele disse que foi complexo, porque “demoramos um pouco. Tínhamos um modelo de negócios muito vencedor. Mas agora todo mundo está acelerando, todo mundo está em busca de novos modelos. Novas composições”, e nesse contexto, explicou que os superbundles são uma opção, mas que a indústria demorou em avançar para este modelo.

“No início da pandemia houve um apoio rápido do streaming com investimentos muito fortes. Todo mundo andava por aí com as suas ofertas proprietárias e todos começaram a perder muito dinheiro. E houve um reequilíbrio com mais cuidado na alocação de investimentos”, explicou o presidente de Globo, e reforçou que no início a empresa “errou um pouco no nível de investimentos”, porque  se investiu  “demais em volume, até em custo de conteúdo versus o retorno que estávamos conseguindo obter de crescimento, base e tal, naquele momento. Acho que há um reequilíbrio nesse sentido. Mas continuamos com investimentos muito sólidos. Investimos mais de 5 mil milhões de euros por ano em conteúdos e tecnologia e continuamos nessa direção”. 

Globoplay

Segundo ele, hoje se fazem “investimentos casados, vitrines diferentes, fortalecendo o ecossistema Globo como um todo. E temos conseguido manter os canais fortes, relevantes, o Globoplay, crescendo também com muita consistência”. Em termos de futuro, explicou Marinho, “Muitas coisas mudam, certas coisas não mudam. Acho que o que a Globo nos prepara para o futuro, primeiro, é olhar para o futuro. Estamos sempre investindo no presente e no futuro, sempre com uma visão de longo prazo e buscando ser muito sólidos naquilo que pensamos estrategicamente, nos investimentos que fazemos, pensando na sustentabilidade da empresa no longo prazo”.

Marinho disse que a empresa manteve investimentos muito fortes no Globoplay. “Continuamos acreditando na plataforma como uma plataforma Globo, onde também se encontra o conteúdo de vídeo da Globo, e também está disponível em diversos modelos de distribuição, mas mantendo investimentos tanto nos canais pagos quanto na TV Globo. O site das Olimpíadas aqui é um exemplo, além de uma série de lançamentos, que oferecemos ao consumidor ao longo deste ano”.

Ele disse que no segundo semestre de 2024 os investimentos continuam. “Lançaremos muito conteúdo tanto na TV Globo quanto nos canais pagos, e obviamente no Globoplay, e alguns investimentos também nos canais FAST. Em suma, pensamos em conteúdos disponíveis ao consumidor, onde e quando ele quiser assistir. Procuramos nos adaptar aos novos modelos para distribuir esse conteúdo, e também aos modelos de monetizar esse conteúdo”.

Ele reforçou no PayTV Fórum a aposta da Globo pela sustentabilidade, e disse que o maior desafio, sem dúvida, e a globalização dos conteúdos, mas que ao mesmo tempo pode ser uma vantagem para a Globo  porque “temos um foco muito forte aqui no país e no Brasil”, pelo que “o conhecimento do público brasileiro faz parte da nossa estratégia. Falta um grande investimento em dados, em conhecimento, em pesquisas no Brasil, no consumidor brasileiro. Com certeza a Globo é uma das maiores empresas em termos de conhecimento do consumidor brasileiro”.

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